Confúcio Moura defende posicionamento do Senado em relação a educação no Brasil

Confúcio Moura defende posicionamento do Senado em relação a educação no Brasil

O parlamentar destaca a desigualdade, e pede que o Senado compreenda o contexto histórico para mudar o atual cenário da educação.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) apresentou, na segunda-feira (8), análise histórica da educação pós-ditadura militar, e disse que o Senado Federal tem que tomar as providências necessárias para resolver a situação da educação brasileira.

O parlamentar descreveu a história da educação, no momento em que o Brasil se aproxima dos 200 anos de independência. Segundo ele, olhando para o passado, pode-se constatar que há certos elementos que impedem o Brasil, a despeito de todas as suas potencialidades, dar os passos decisivos para se incluir no rol das nações desenvolvidas.

“Lamentavelmente, a história mostra um perturbador traço de continuidade em relação à educação, durante todos estes anos como nação independente. A continuidade é: a exclusão e a profunda e permanente desigualdade”, declarou Confúcio. De acordo com o parlamentar, de um lado, algumas pequenas ilhas de qualidade, comparáveis ao melhor que se pode encontrar em países desenvolvidos. De outro lado, imensos oceanos, em que a maioria da população não tem acesso ou encontra numa escola de nível abaixo do desejado.

“A história educacional brasileira pode muito bem ser caracterizada como uma escola para poucos ou, então, uma escola de qualidade para menos gente ainda”, criticou o senador. Confúcio citou um trecho do artigo publicado no site da revista do psiquiatra Daniel Barros, que diz existir crise no Brasil [que é] estrutural, histórica e limita o nosso potencial [e] a crise da aprendizagem. Porém, é parar de falar em educação de forma genérica e ir para os pontos que mais importam.

Durante o seu pronunciamento, o senador citou também uma matéria da revista Exame, sobre o índice global de status dos professores. No país, segundo o levantamento, a percepção é de falta de respeito dos alunos, salários insuficientes e de uma carreira insegura para os jovens. Entre os 35 países pesquisados, o Brasil é o que menos prestigia o professor no mundo.

“E o que podemos, caros senadores e senadoras, povo brasileiro, fazer para o futuro? Aí está a grande indagação sobre o que nós vamos começar a trabalhar de agora para frente. Fizemos a história. Vimos tudo como foi, como funcionou. Agora é a prática. O que nós vamos fazer de agora em diante”, finalizou o discurso.

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