o sol no nevoeiro frustra nunca tive mesada de bom aluno nunca tive nem de bom e nem mau o abuso não se apaga O seu sorriso tão amplo como este horizonte visto do alto o voo do parapente é passarinho o bosque enfeitado por duas pacas tire comigo uma selfie? para levar comigo este...
Categoria: Poemas e Crônicas
Retratos (poesia)
Um dia momentos lindos serão apenas lembranças. Lembranças do que foi vivido, visto, tocado. Lembranças do que projetamos, das pessoas inominadas na memória, mas que marcaram com seus gestos gentis e pueris! Tudo será reduzido a retratos, histórias, legados. Os verbos serão conjugados por completo. Eu fui, sou, serei… Que possamos viver tempos felizes de...
As culturas e os esportes
Cada lugar, por menor que seja, tem ali nele, uma tradição, que vem rolando por gerações. Esta tradição nasceu ali, sem se explicar, como uma folia, um sapateado, rodas de conversas, as cantorias, invencionices espontâneas. As rezas, as danças, e tudo sai da natureza do seu próprio povo. E se incrusta no sangue de cada um. Na vida, na memória, na saudade. Nos costumes.
Atravessar o Brasil de ônibus
De leste a oeste, dentro do ônibus, tocando a vida entre cochilos e visões do Brasil tão grande, tão místico e colorido. Não só de cores vive um país. Foi-se o primeiro dia, dois e eu ali, parando nos pontos certos. As malas, as bolsas, as pessoas que vão ficando cansadas, transmutando-se em outros seres...
Friagem nos trópicos
Dia 4 de agosto, domingo, Rondônia amanheceu muito fria. Este “muito” frio pode ser 15, pode ser 20 graus, ou mais ou menos. As ruas de Ariquemes ficaram vazias como nunca. Todo mundo deixou de levantar cedo, com medo da friagem. E ficou ali, na cama, enrolado no cobertor. Quem vive na Amazônia só vê...
A cidade que merece o rio (poesia)
Como seria este espaço Quando era somente o rio? O rio é novo, vermelho, barrento. O rio sem nome, sem pronome, o rio solidão. E agora? É tudo diferente, Tem o rio com seu nome, O Rio Madeira E a cidade de Porto Velho tem orgulho Perfeita intimidade do rio com a cidade. O Rio...
Agro-te (poesia)
quero engarranchar em tuas pernas me atracar no teu corpo com unhas e dentes encravar no teu peito como um tamanduá bandeira e depois comer todas as formigas do teu corpo Autora – Izabel Teixeira (Cacoal)
A “pedrona” de Cacoal
O tempo da pedra é um tempo, diferente do tempo do homem. O homem vai acontecendo e passando. A pedra fica se moldando, devagarzinho, com o vento, com as finas reações da química natural. A “pedrona” da Linha 10, em Cacoal, está por lá, por um tempo que não foi medido. E se vai subindo,...
Estilo e vontade
A medida que o tempo passa, vai se percebendo, que se sabe muito pouco da vida e das coisas. E nada melhor para se medir a limitação, do que se ler um jornal inteiro. Quando se chega ao final, depois de olhadelas nos painéis e artigos, nas fotos, nas propagandas, obituários e festas, aí sim, pode-se perceber a amplitude do universo.