Cada um com seu fim

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O seu fim foi como bem quis

Feridas abertas às moscas, exposta

Como Orides Fontela em surtos

 

A pressa em lhe dizer

Supremos delírios e sonhos

E seguir como borboletas

 

Tinha este desejo

Ser um nada com rima

A fada de palavra torta

 

Do açoite ao fim, um tempo ínfimo

O voo bem alto

A dura poesia da vida real

 

Apenas, o voo sem nele nunca pensar

e nele morrer

Fragmentada em versos rutilantes.

 

(Confúcio Moura)